A solução
Juntos, Shell Brasil, Petrobras e Sonardyne uniram forças com o SENAI CIMATEC para desenvolver um sistema avançado de aquisição de dados sísmicos em um projeto de pesquisa e desenvolvimento promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em seu núcleo está um On-Demand Ocean Bottom Node, ou OD OBN. Este sistema semipermanente do fundo do mar é usado para a aquisição de dados sísmicos de alta resolução e subsidência do fundo do mar.
Assim como os nós convencionais do fundo do mar (OBN), cada OD OBN contém três geofones e um hidrofone, um sistema de gravação de dados, baterias e um relógio de alta precisão. Os sensores detectam ondas de pressão emitidas por uma fonte do tipo airgun, rebocada por um navio, à medida que são refletidas para cima em direção ao fundo do mar a partir das camadas subjacentes de rocha ao redor do reservatório.
Ao contrário dos nós convencionais, os OD OBNs permanecem no fundo do mar, até 3.000 m, coletando dados sísmicos por até cinco anos. Isso reduz significativamente o custo de repetidas campanhas sísmicas no fundo do oceano, uma vez que a embarcação de manuseio de nós é removida das operações. Também reduz o impacto no meio ambiente e nos ecossistemas marinhos.
A ativação dos nós, a verificação dos alarmes dos eventos de subsidência, a calibração dos relógios internos e a coleta dos dados sísmicos serão realizados por meio de um veículo submarino autônomo (AUV) denominado Flatfish, desenvolvido em um projeto ANP estreitamente interligado, pelos parceiros Shell Brasil, Petrobras, SENAI CIMATEC e Saipem.
O Flatfish encontrará cada nó usando a 6ª geração (6G) de sistemas de posicionamento acústico da Sonardyne. Nossa acústica também suportará telemetria de dados com os nós, para verificações de integridade, configuração e sincronização de tempo acústico. O Flatfish irá então pairar acima de cada nó, por sua vez. Usando uma largura de banda extremamente alta e uma variante baseada em laser com eficiência energética do dispositivo de comunicação óptica BlueComm da Sonardyne, ele coletará sem fio muitos gigabytes de dados sísmicos em apenas alguns minutos.
Esta variante usa dois lasers modulados rapidamente para produzir comunicações bidirecionais simultâneas em um alcance de mais de cinco metros. Ele é otimizado para desempenho de transferência de dados de pico, com velocidades demonstradas de mais de 600 megabits por segundo. Isso o torna excelente para coletar grandes quantidades de dados de nós do fundo do mar.
“Usando OD OBN em combinação com o Flatfish, uma campanha sísmica 4D no pré-sal pode ser executada de forma mais simples, com menor custo operacional, menor risco de exposição humana e menor impacto ambiental”, afirma Jorge Lopez, Gerente de Tecnologia de Subsuperfície da Shell Brasil. “Além disso, os nós também medem a deformação do fundo do mar e podem monitorar continuamente possíveis eventos de subsidência que podem ocorrer durante a produção do campo”.